A execução do desígnio começou em 2012 para ter o seu ponto alto em 2022 no sentido de “dar a conhecer todo o trabalho que foi feito por Sacadura Cabral e por Gago Coutinho, o imenso arrojo que tiveram nessa época e que nós, 100 anos depois, temos uma noção muito clara das dificuldades que tiveram em função das dificuldades que estamos a ter. E divulgar dentro e fora de Portugal. Deixar a toda a comunidade mundial, essencialmente aos jovens, a importância do que conseguiram fazer na época que é praticamente desconhecido”, explicou ao mediotejo.net o presidente da Associação Lusitânia 100 anos.
Durante a palestra, João Moura Ferreira referiu a proeza da viagem, atualmente “muito difícil de replicar”, mesmo com as novas tecnologias, isto porque “a seu favor tiveram várias condicionantes que hoje são desfavoráveis. O avião tecnicamente estava no limite mas outras coisas ajudaram”, designadamente “a baixa velocidade” a que se deslocaram.
“Hoje se tivéssemos que fazer um voo um bocadinho mais longo, a uma velocidade maior, as dificuldades técnicas era incomportáveis. Aliás, ainda é possível fazer essa viagem nos dois extremos. Ou com um avião muito ligeiro, um ultraleve, ou com um avião muito pesado. No meio termo é muito difícil!”, assegura.
“Com um ultraligeiro conseguimos, mas não tem nada a ver com o avião histórico e um avião pesado não está ao nosso alcance. Temos de encontrar uma solução intermédia ou arranjar outra configuração daquilo que gostaríamos de fazer dentro do plano técnico e operacional”, acrescentou.