1º Encontro da História da Aeronáutica em Portugal, em Ponte de Sor.
Na Travessia de 1922, tratou-se de uma proposta individual de Sacadura Cabral que a Aviação Naval e a Marinha Portuguesa apoiaram com os seus meios. “Um sonho levado à prática e essa é a grande experiência que temos para transmitir”. Ou seja, “a importância das pessoas sonharem, colocarem os pés no chão e arregaçarem as mangas, trabalharem, e conseguirem chegar mais longe. Este é o grande espírito da viagem”, vincou.
Para a construção do avião há que fazer contas, “técnicas e financeiras. Precisamos de patrocinadores e colaboração humana. Neste momento, o mais crítico é a capacidade técnica aeronáutica. Portugal não tem qualquer tradição. Temos alguns bons exemplos muito recentes mas se olharmos para o número de aviões que foram projetados em Portugal, e até construídos, no último século, os dedos de uma mão chegam e sobram”.
Em causa, para avançar com a construção do avião e terminá-lo em dois anos, está a “conseguir reunir uma equipa de projeto aeronáutico em Portugal”. Financeiramente “vai ser o grande desafio!”. Os custos são “muitos variáveis, mas ao alcance de um País”, garante João Moura Ferreira. Para o projeto cultural “não é necessário um grande investimento”, vincou, sem avançar, no entanto, quaisquer valores.